II Série (2003 – )
A revista A IDEIA foi fundada em 1974, no momento da transformação política e social profunda que ocorreu em Portugal depois de meio século de regime ditatorial. O antigo movimento anarco-sindicalista, historicamente muito significativo entre nós no início do Século XX, constituiu então uma inspiração e uma referência para esta iniciativa.
Animada por um grupo de indivíduos com fortes afinidades pessoais, a revista definiu-se como sendo de orientação libertária, mas desde cedo rejeitou o espírito e os comportamentos de seita para evoluir para um espaço de reflexão e debate de um leque alargado de temas e de questões do nosso tempo. Tornou-se assim, sobretudo, num meio de afirmação cultural.
Em 1991, a revista A IDEIA suspendeu a sua publicação, cessando também a actividade da Editora Sementeira, CRL, que lhe servia de suporte administrativo e também editava livros, sempre sob os princípios do amadorismo, do voluntariado e sem qualquer intuito lucrativo.
Dez anos depois, A IDEIA foi relançada com o intuito de difundir textos de reflexão que lhe sejam propostos, sobre os mais diversos assuntos. Nesta nova fase, ao lado da edição tradicional impressa em papel – da qual é feita apenas uma tiragem limitada, em função do número de compradores e a um preço de venda que cubra as despesas, o que significará sempre um valor elevado -, A IDEIA possui também esta página de acesso livre na Internet através da qual os interessados podem tomar contacto com a revista, conhecer os textos publicados, solicitar a sua aquisição, pedir informações, fazer comentários ou propor colaborações escritas.
A IDEIA, revista libertária, nada renega da sua trajectória anterior, mas também não se considera dela prisioneira. Por isso, avança sem plataforma ideológica ou projecto programático. E se ostenta o mesmo subtítulo que exibia anteriormente é sobretudo porque continua a considerar a liberdade como o seu valor de referência fundamental e não como sinal de reconhecimento de tribo.
Olhando para as três ou quatro últimas décadas e para o itinerário ideológico da revista, pode identificar-se um conjunto de valores patrimoniais fortes de que ela deu mostras: a rejeição da violência; o afastamento de qualquer espécie de crença numa catástrofe salvadora (a benefício do direito às experimentações e a ensaios locais, pontuais ou simplesmente humanos); a crítica do envelhecimento das ideologias clássicas e do autismo militante ainda subsistente, sem prejuízo do respeito pela memória do passado; o (fundamental) pluralismo de concepções e de práticas; e a “regra metodológica” individualista que consiste em “que cada um afirme o que sabe, pode e quer fazer, e não aquilo que acha que os outros deviam fazer”.
Nesta segunda época, é propósito dos promotores de A IDEIA editar textos de reflexão que lhe sejam propostos, sobre os mais diversos temas. Temas que configurem, contudo, uma oportunidade e um espaço de debate e diálogo entre pessoas cidadãs. Ou seja: textos que, podendo envolver matéria política, cultural, social, literária, histórica, etc., sejam dirigidos “horizontalmente” ao entendimento e à sensibilidade dos outros. A selecção dos artigos a publicar dependerá da opinião que sobre eles emitirem os membros de uma “rede de conselheiros de redacção. (…)
A IDEIA, nada renega da sua trajectória anterior, mas também não se considera dela prisioneira. Por isso, avança sem plataforma ideológica ou projecto programático. E se ostenta o mesmo subtítulo que exibia anteriormente é sobretudo porque continua a considerar a liberdade como o seu valor de referência fundamental e não como sinal de reconhecimento de tribo. Escreveu-se em certo momento que nos encontrávamos “no partido do movimento, na pesquisa irrecusável da verdade e na ambição do indivíduo livre sobre a terra livre“. Esse é talvez um bom mote para prosseguir.

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